Ilíada e Odisséia

Na cultura ocidental existem dois grandes poemas que estão na base de tudo: a Ilíada e a Odisseia. Costuma-se dar o nome de Homero ao poeta que supostamente os escreveu, mas sequer temos certeza de que tenha sido uma única pessoa a registrar e organizar os vários cantos que corriam oralmente. Naquele tempo, saber ler e escrever era uma habilidade bastante rara; por isso, a maior parte das histórias era composta e apresentada por aedos, ou seja, por pessoas que recitavam poemas decorados, que haviam sido compostos por eles mesmos ou por outros poetas. 
As histórias narradas na Ilíada e na Odisseia corriam assim até que, no século VIII a.C., alguém – talvez chamado Homero – as compilou e registrou por escrito. Desde então, esses dois poemas estão entre os mais importantes da cultura ocidental, embora ninguém saiba muito bem quem foi Homero. 

ILÍADA 

Tudo começou quando o filho do rei de Troia, chamado Páris, raptou Helena e a levou para sua cidade. Menelau, marido de Helena, não gostou nada disso e chamou guerreiros de várias cidades para atacar Troia e recuperar sua esposa. O ataque foi comandado por Agamenon, irmão de Menelau. Embora eles contassem com grandes combatentes, o cerco à cidade durou 10 anos. Parte da complicação vinha do fato de os deuses terem se envolvido no conflito, alguns apoiando os troianos e outros contra eles. 

O poema narra os acontecimentos do décimo ano da Guerra de Troia, mostrando as batalhas, os desentendimentos entre os guerreiros e as ações dos deuses (que não apenas interferiam no curso dos acontecimentos humanos como também lutavam entre si). A narrativa termina quando Aquiles, enfurecido com a morte de seu amigo Pátroclo, ataca os troianos. Ele era o maior guerreiro entre todos e, com sua fúria, foi capaz de matar centenas de troianos, inclusive Heitor, outro filho do rei de Troia. O rei decidiu pagar um resgate pelo corpo do filho, que havia ficado sem sepultar, e preparou um grande funeral. O poema encerra-se com a descrição do funeral e com o lamento das mulheres troianas. 

Odisseia 

Quando a história começa, os gregos já tinham vencido Troia e a saqueado. Os deuses ficaram aborrecidos, pois alguns guerreiros foram desrespeitosos com as vítimas, por isso resolveram complicar o regresso dos combatentes para casa, especialmente o de um deles, chamado Ulisses, constantemente atrapalhado em suas tentativas de voltar para sua cidade, Ítaca. 
Sua fiel esposa Penélope encontrava dificuldades para afastar diversos pretendentes, que desejavam se casar com ela e tomar posse de tudo o que era de Ulisses. Na viagem de volta para casa, ele enfrentou diversos problemas, entre os quais um naufrágio. Sozinho e ferido, conseguiu chegar à terra dos feácios, onde foi recebido pelo rei local, que preparou um grande banquete para recepcioná-lo. Durante a festa, um aedo contou histórias sobre a Guerra de Troia, com destaque para as ações de Ulisses. Ele ainda não havia revelado sua identidade, mas, depois de algum tempo, decidiu dizer quem era e contar tudo o que ocorreu a partir da saída de Troia. O rei, depois de ouvir sua narrativa, o encheu de presentes e o enviou para Ítaca. Lá ele encontrou seu filho Telêmaco e, juntos, enfrentaram e mataram os pretendentes. No final, Ulisses e Penélope se reencontraram e contaram um para o outro o que havia acontecido enquanto estavam afastados. As famílias dos pretendentes mortos planejaram uma vingança, mas a deusa Atena obrigou todos a aceitarem uma paz duradoura.

Que tal fazer a leitura deste clássico, apresentado pela renomada escritora brasileira Ruth Rocha? O texto mantem-se fiel ao clássico grego sem deixar de imprimir ao texto um tom pessoal.






Para fazer um exercício 

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