O Renascimento foi um
movimento artístico que ocorreu entre os séculos XIV e XVI na cultura das
elites europeias. A palavra “Renascimento” – que significa “renascer,
renovar-se” – foi utilizada pelos próprios artistas da época para representar o
rompimento com a produção cultural do período medieval, que consideravam
limitada e pouco criativa por ser exclusivamente voltada às questões
religiosas. Foi com base nas ideias desses artistas, chamados renascentistas,
que a Idade Média ficou conhecida como a Idade das Trevas.
As expressões
artísticas do Renascimento retomavam os ideais da Antiguidade clássica, que
valorizava o conhecimento do ser humano e o desenvolvimento de suas
potencialidades.
Surgia, assim, o
movimento artístico que procurava expressar uma nova forma de pensar a natureza
humana. Essa nova visão de mundo estava ligada às mesmas transformações que
permitiram, no final da Idade Média, o desenvolvimento das cidades e da
burguesia, a centralização do poder e a expansão europeia.
Fatores culturais,
políticos e econômicos levaram a península Itálica à condição de berço do
Renascimento. Ali, durante a Idade Média, a cultura clássica manteve-se de
várias formas: vestígios da arte greco-romana eram abundantes, e os contatos
comerciais entre bizantinos e muçulmanos permitiram, além do acúmulo de
riquezas, um intercâmbio cultural permanente.
Essa situação
favoreceu o desenvolvimento de culturas locais, amparadas pela elite de
governantes e mercadores que viram em seu patrocínio uma forma de construir e propagar
sua própria imagem.
HUMANISMO:
O SER HUMANO COMO MEDIDA DE TODAS AS COISAS
A concepção de mundo
humanista procurou colocar o ser humano no centro de todas as coisas,
estabelecendo uma nova relação entre o homem, a natureza e o divino, diferentemente
da concepção medieval.
Inspirado pelos
ideais da Antiguidade clássica, o humanismo baseava-se nos princípios de:
- conciliação entre a fé em Deus e a crença na capacidade de realização do ser humano;
- releitura dos mestres da cultura greco-latina – daí o interesse dos humanistas
- na especialização em latim, grego e hebraico, para poder ter acesso aos textos originais;
- reconhecimento do papel central da racionalidade humana – os pensadores defendiam a busca da verdade por meio da investigação e da reflexão pessoal, pois entendiam que o ser humano é racional e livre;
- afirmação do indivíduo, sobretudo do sábio e do artífice (como era conhecido o produtor de obras de arte).
CARACTERÍSTICAS
DAS OBRAS RENASCENTISTAS
Um das principais
características das pinturas renascentistas foi a perspectiva. Os desenhos e
pinturas passaram a apresentar distâncias e proporções entre si e os objetos
vistos a distância.
O realismo se torna
mais presente, pois o artista passa a enxergar o homem não mais como um simples
observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas sim como a expressão
grandiosa do próprio Deus
Perspectiva: Podemos
notar as montanhas ao fundo realçadas por tons mais escuros para dar a ideia de
profundidade ao retrato.
Realismo: A nudez do
homem como protagonista da obra. A definição dos músculos e grandeza do corpo.
PATROCINADORES DAS ARTES
Algo que você não
deve esquecer é justamente sobre os patrocinadores dos artistas renascentistas
que eram chamados de MECENAS. Foi nas ricas cidades comerciais da Itália que o
mecenato esteve mais presente, o que explica a intensa criação artística nessa
região entre os séculos XIV e XVI.
Geralmente banqueiros ou ricos comerciantes,
os mecenas foram grandes financiadores da arte renascentista. Reis e membros do
clero também patrocinavam os artistas. Os mais importantes
mecenas do período do Renascimento Cultural foram Lourenço de Médici, ,
Galeazzo Maria Sforza, duque de Milão; e Francisco I, rei da França.
MEIOS DE DIVULGAÇÃO
A imprensa foi um
importante instrumento de difusão do humanismo graças ao alemão Johannes
Gutenberg, que inventou uma liga para os tipos de metal, tintas à base de óleo
e uma prensa gráfica inspirada nas prensas utilizadas para espremer uvas no
fabrico do vinho; os livros passaram a ser impressos e, portanto, produzidos em
maior quantidade.
Nicolau Maquiavel
(1469-1527) sua principal obra foi O príncipe foi dedicado a Lourenço de Médici, o Magnífico, e
Maquiavel defende a formação de um Estado independente da Igreja
Existem grandes
nomes do Renascimento em países como Portugal, Espanha, Inglaterra, França,
Holanda e Alemanha.
ESCRITORES
Luiz de
Camões (1524-1580)- É considerado
o maior poeta da língua portuguesa, sua obra prima, os lusíadas, é um poema em
homenagem ao povo português e conta a viagem do navegador Vasco da Gama às índias
Miguel
de Cervantes (1547-1616) a
principal obra deste escritor foi Dom Quixote, na oportunidade, Cervantes
ironiza tanto os ideais da cavalaria medieval, cultivados por Dom Quixote,
quanto o modo de vida burguês de seu fiel escudeiro Sancho Pança.
Thomas
Morus (1478-1535) Autor de
Utopia, uma obra que critica a violência e as injustiças de seu tempo,
descrevendo uma ilha imaginária, habitada por uma sociedade justa e fraterna.
William Shakespeare (1564-1616) Um dos maiores autores de peças
teatrais do mundo; criou tragédias como Romeu e Julieta, Hamlet, etc. Muitas de
suas obras foram adaptadas para o cinema.
Dante
Alighieri A divina comédia foi inspirada nos poemas clássicos de Homero e
Virgílio. Dante dividiu sua obra em três partes: o Paraíso, o Purgatório e o
Inferno, analisando a sociedade então vigente, que estava passando por
profundas transformações sob o ponto de vista da razão.
Nicolau Maquiavel
(1469-1527) sua principal obra foi O príncipe foi dedicado a Lourenço de Médici, o Magnífico, e
Maquiavel defende a formação de um Estado independente da Igreja
PINTORES
Rembrandt (1609-1669) um dos mais talentosos pintores
renascentistas dos países baixos (atuais Bélgica e Holanda). Na sua obra lições
de anatomia registra a importância da experiência para a produção do
conhecimento.
Leonardo
da Vinci (1452-1519) Foi pintor, escultor, engenheiro, cientista,
escritor e inventor italiano. De
suas obras destacam-se: A Última Ceia (Santa Ceia)
e A Gioconda (ou Mona Lisa).
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) foi pintor, escultor, poeta e arquiteto. Foi patrocinado
pela Família Medici de Florença e Papas romanos. Suas obras eram marcadas pelo
equilíbrio das formas e tradução de conceitos humanistas.
Sandro Botticelli (1445-1510) é outro dos artistas do renascimento de destaque.
Este pintor e desenhista italiano tinha como tema central a religiosidade e
mitologia, além de destacar os aspectos artísticos-culturais dos povos
greco-romanos. Suas principais obras foram: “O Nascimento de Vênus”; “A
Primavera”;
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RESPOSTAS:
ResponderExcluir1A) Na citação de Da Vinci, a centralidade do ser humano como medida de todas as coisas desdobra-se no humanismo e no naturalismo renascentista. Há um pleno reconhecimento do papel central da racionalidade humana. Da Vinci defende a busca da verdade por meio da investigação e da reflexão pessoal, justamente por entender que o ser humano é racional e livre.
1B) Da mesma forma que Da Vinci, Camões, em Os lusíadas, enaltece um ponto expressivo do renascimento cultural europeu, que é a valorização do herói (coletivo, pois atribui qualidades humanas ao povo lusitano). E o faz por meio de citações de mitos greco-latinos e de uma epopeia, forma literária da Antiguidade clássica, cujos requisitos foram minuciosamente descritos por Aristóteles e seguidos à risca por Camões.
1C) Em ambos os textos, valores e concepções centrais do Renascimento são retratados com bastante destaque. Da Vinci, por exemplo, mostra-se um grande defensor do humanismo e do racionalismo, enquanto Camões compara os feitos das navegações de Portugal às conquistas de personagens da mitologia e da história da Antiguidade.
2. RESPOSTA PESSOAL
SUGESTÃO: Observa-se uma riqueza de cuidados na representação da beleza feminina. As imagens ao redor da deusa são símbolos da primavera, época de novos começos e renovação. A figura icônica de Vênus encontra-se no centro da composição, perfeitamente equilibrada.
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