Os Astecas

 

Em meados do século XIV, os astecas fixaram-se em uma área próxima ao lago Texcoco, região do atual México, onde fundaram a cidade de Tenochtitlán. Por meio de guerras com povos vizinhos, os astecas ampliaram seu território, transformando-o em um vasto império que chegou a reunir cerca de 11 milhões de pessoas.

 

A guerra, para os astecas, também tinha motivação religiosa. Eles acreditavam ser o povo escolhido pelo deus Sol, Huitzilopochtli, destinado a dominar outras populações. Segundo a tradição, os guerreiros que morressem lutando atingiriam o paraíso.

 

A formação de um grande império mudou a estrutura da sociedade asteca. A má distribuição das riquezas conquistadas ampliou a desigualdade e trouxe uma rígida hierarquia social.

 

No topo das camadas sociais estava o imperador. Considerado semidivino, tinha muito poder e era responsável pela condução do Estado. Em época de escassez, fornecia alimentos armazenados para a população.

 

Os nobres situavam-se abaixo do imperador e exerciam funções administrativas, religiosas e militares. Com o passar do tempo, a nobreza passou a ser hereditária. Alguns nobres se tornavam sacerdotes, com a função de cultuar os deuses e interpretar a vontade divina.

 

Abaixo dos nobres estavam os artesãos e, depois, os comerciantes, que incentivavam o casamento de seus filhos com os filhos dos nobres para ascender socialmente. Nessa camada social, as profissões eram passadas de pai para filho.

 

A maioria da população era formada por agricultores e soldados. Para eles era mais difícil subir na escala social. Havia ainda os escravos, que geralmente eram prisioneiros de guerra.

 

A agricultura era a base da economia asteca. Cultivavam-se milho, feijão, pimenta, abóbora, cacau, algodão, tabaco, frutas e verduras. A caça, a pesca e a coleta também eram atividades importantes para a sobrevivência.

 

Religião

 

O povo asteca era politeísta, e alguns de seus deuses eram: Tlaloc, deus da chuva e do trovão; Quetzalcoatl, deus do vento, da escrita, do calendário e das artes; e Xipe Totec, deus dos ourives. Nas pirâmides eram realizados cultos religiosos e sacrifícios humanos que, segundo a crença asteca, renovavam a aliança entre seres humanos e deuses. Geralmente, as vítimas oferecidas em sacrifício eram prisioneiros de guerra ou escravos.

 

 

Agora é com você: Observe a imagem abaixo e responda:

 

 

a) Identifique na imagem uma das técnicas agrícolas astecas que permitiu a ocupação do lago Texcoco como campo de cultivo.

 

 b) Na imagem, nota-se a presença do maior grupo social da civilização asteca. Identifiquem esse grupo e aponte alguns elementos de sua vida cotidiana.

  

c) Que elemento da imagem representa o controle do Estado sobre os agricultores? Por quê?

 

 2. O texto a seguir trata do rígido código moral e religioso dos astecas no que se refere aos costumes e à unidade da família. Leiam-no e, depois, façam o que se pede em cada item.

 

 

O Estado se preocupava diretamente com o crescimento demográfico: o aborto bem como o infanticídio eram castigados com a morte. Os adúlteros podiam ser degolados (era fundamental manter a estrutura familiar) e era proibido o casamento entre pessoas divorciadas, bem como o uso de roupa do sexo oposto.

 

PEREGALLI, Enrique. A América que os europeus encontraram. Campinas (SP): Editora da Unicamp, 2000. p. 25.

 

a)   como as normas sociais do povo asteca se aproximavam dos costumes religiosos cristãos.

DE SE IDENTIFICAR