Enquanto preparava um material para trabalhar com os alunos do 7º ano nos próximos dias, me peguei pensando numa coisa curiosa:
Será que os reis da Idade Moderna se sentiriam em casa no mundo das redes
sociais?
Parece
estranho, mas faz sentido.
Hoje em dia, tem influencer que posta uma foto com um tênis e, em poucas horas,
o modelo esgota nas lojas. Outro grava um vídeo dizendo “esse hambúrguer é o
melhor do mundo!” — e pronto, a lanchonete fica lotada. É gente com milhões
de seguidores, likes e comentários, influenciando decisões, comportamentos
e até o que as pessoas compram ou pensam.
Na
Idade Moderna, entre os séculos XIV e XVIII, quem tinha esse tipo de poder eram
os reis e rainhas.
Eles
não tinham Instagram, mas tinham súditos. Não faziam dancinha no TikTok, mas
criavam leis e decidiam os rumos de seus reinos. O rei dizia: “Agora vai ser
assim!” — e todo mundo obedecia. O poder estava todo concentrado numa só
cabeça coroada. Era o que chamamos de centralização do poder.
Hoje,
os tronos são digitais.
Os
reis e rainhas estão nos vídeos bem editados, nos stories cheios de filtros e
nos conteúdos patrocinados. Em vez de castelos, têm estúdios com iluminação
profissional. Em vez de exércitos, têm fãs fiéis prontos pra defender seu ídolo
nos comentários.
Mas
tem uma diferença importante:Na Idade Moderna, o rei mandava porque “era a
vontade de Deus”. Hoje, o influencer só manda enquanto o público quiser.
É o povo que decide se vai seguir, curtir, comentar… ou cancelar.
Talvez
a gente viva, sim, em uma espécie de “Reino da Internet”. Só que, neste reino,
as coroas mudam de cabeça bem mais rápido — e o poder depende muito mais da
imagem do que da espada.
Exercício
1.
Qual é a diferença entre o poder de um rei absolutista e o poder de um
influenciador digital nos dias de hoje?
2.
Na Idade Moderna, o rei concentrava todo o poder. Você acha que um governo
centralizado em uma única pessoa é bom para o povo? Por quê?
3.
Se hoje em dia os influenciadores têm tanto poder de decisão sobre o que as
pessoas consomem, pensam ou desejam, qual a responsabilidade deles — e nossa —
nesse processo?
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