Conheça um pouco mais
sobre O homem mais rico que já pisou na Terra. Em sua peregrinação a Meca, em
1324, Musa levou tanto ouro que o preço desse metal caiu por 10 anos.
Provavelmente quando falamos em África, a
primeira coisa que lhe venha a cabeça seja a falsa crença de que seja um
continente tribal ou, no mínimo, extremamente pobre. Esqueça tudo o que um dia
fizeram você acreditar. Não acreditem nos “heróis”.
Kanku Musa, nome que significa “Moisés, filho
de Kanku”, foi o 10º Imperador do Mali, em 1312, quando tinha 32 anos. Musa era
sobrinho-neto de Sundiata Keita, que havia fundado o Império a cerca de apenas
80 anos antes.
Muçulmano, vinculado ao islamismo africano,
Musa resolve cumprir a hajj, que determina que todo muçulmano adulto e sadio
deva visitar Meca. Então, em 1324, Mansa Musa o fez.
Em 1324, Mansa Musa vai em peregrinação a
Meca e leva consigo 60 mil homens, entre eles historiadores e testemunhas da
época.
80 camelos, carregando entre 50 e 300 quilos
de ouro em pó cada um; 12 mil servidores; vestindo sedas e carregando vasos com
ouro; 500 servas, trazidas por sua esposa, Inari Kunate.
Segundo historiadores da época, essa viagem
durou cerca de um ano, uma vez que o Mali e Meca ficam em pontas opostas da
Africa, sendo preciso então atravessar todo o continente. Já no Egito, Musa
enviou um presente de 50 mil dinares ao sultão. O sultão então ofereceu-os o
palácio de verão, para que ficassem cerca de três meses e certificou-se que sua
comitiva fosse bem tratada.
Musa, durante toda a peregrinação se mostrou
generoso, doando ouro por onde quer que passasse. Conta-se que os comerciantes
egípcios então aumentaram suas mercadorias para até 500% do valor original,
assim desvalorizando a moeda egípcia de forma qual não conseguiu se recuperar
pelos então próximos 20 anos.
Quando voltou ao Mali, Mansa Musa soube que
um dos seus generais havia recuperado a cidade de Gao, que outrora havia sido o
centro do comércio e do império. Com essa notícia, Musa voltou a cidade e
trouxe consigo de refém os dois filhos do então rei de Gao, e passou a
educá-los em sua corte. Também nesse retorno, Musa trouxe consigo arquitetos e
estudiosos árabes e entre eles Abu Es Haq es Saheli, que então construiu a
mesquita Djinguereber (Timbuktu).
No auge do poder de Musa, o Império Mali
continha 400 cidades. Musa também investiu nas universidades de Timbuktu,
Djenée, Sankore e Ségou. Fez de Timbuktu uma das cidades mais estudiosas do mundo,
formando astrólogos, historiadores, matemáticos, entre outros intelectuais.
Soma-se que, na época, a Biblioteca do Império Mali continha cerca de 500 mil
títulos aproximadamente. Apesar das guerras e das perdas, estima-se que desses
livros, 250 mil conseguiram sobreviver até os dias atuais.
Ainda nos dias atuais, a fortuna de Mansa
Musa não conseguiu ser superada. Segundo o site CelebrityNetworth.comem
pesquisa feita em 2012, com as 25 maiores fortunas de todos os tempos, Mansa
Musa acumulou 400 bilhões do que hoje seriam dólares, o que é duas vezes mais
do que a fortuna de Bill Gates, o único vivo da então lista.
Portanto, não acreditem nos heróis. Para
justificar a escravidão, foram capazes de dizer que africanos não tinham
capacidade cívica e intelectual e, por isso, era completamente justificável a
escravidão. Temos provas do contrário e podemos comprovar.
ISTOÉ. O Incrível resgate das bibliotecas do Mali. Disponível em: < http://istoe.com.br/281513_O+INCRIVEL+RESGATE+DAS+BIBLIOTECAS+DO+MALI/ >
NASCIMENTO, Elisa Larkin. O legado africano. In: SOUSA JÚNIOR, Vilson Caetano de (org.).
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