1. O europeu e, mais especificamente, o colonizador britânico.
2. Cativos, povo agitado e selvagem, tristes
povos, metade demônio, metade criança,
famintos, doentes, indolência, loucura pagã, povos soturnos e calados.
3. Como alguém que tem uma missão difícil
(um fardo), que trabalham pacientemente e com coragem (“ocultai a ameaça de
terror”), disposto a dar a própria vida (“construí com as vossas vidas e marcai
com vossos mortos”) e que não tem descanso (“ocultai vossa fadiga”).
4. No final do século XIX, quando a África e
a Ásia foram partilhadas e exploradas pelas potências europeias imperialistas.
5. Fardo do homem branco” é um eufemismo que
mascara a exploração da África e da Ásia realizada pelos países industriais
europeus. Estes foram os grandes beneficiários da exploração dos recursos
naturais e do trabalho forçado das populações africanas e asiáticas, restando a
essas o verdadeiro “fardo”: miséria, fome, rompimento de laços sociais e
políticos seculares, conflitos entre nações, destruição de economias e
desarranjos de fronteiras.
6. O objetivo do imperialismo: apropriar-se
das matérias-primas e riquezas da África e Ásia (borracha, carvão, petróleo,
tabaco, cobre, ouro, cacau, pedras preciosas etc.) e forçar suas populações a
consumirem os produtos industrializados europeus.
7. O poema mostra uma visão eurocêntrica,
racista e de superioridade do homem branco, ideias que foram reforçadas e
legitimadas pelo darwinismo social – corrente de pensamento baseada na teoria
evolucionista de Charles Darwin e que afirmava existir “raças superiores” e
“inferiores”, e que a tendência natural era o domínio daquelas sobre essas.
8. Foi a dominação imperialista da África e
da Ásia que, sob a justificativa de levar o “progresso” e difundir os
benefícios da “civilização”, impôs o poder europeu sobre as colônias africanas
e asiáticas.
9. O imperialismo neocolonialista europeu
estendeu-se até o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Foi só a partir
de então, que tiveram início os movimentos de independência na África e na
Índia. O legado da exploração europeia foi a miséria, fome, rompimento de laços
sociais e políticos seculares, conflitos entre nações, destruição de economias
e desarranjos de fronteiras.
10. Rudyard Kipling (1865-1936) já era um dos
escritores mais populares do Reino Unido quando compôs “O Fardo do Homem Branco”.
Nascido em Bombaim, na Índia britânica, em uma família aristocrática, Kipling
teve uma infância marcada pelas histórias de encantamento contadas pelos
criados indianos que serviam à família. Essas, com certeza, influenciaram seu
trabalho e inspiraram sua famosa obra “O Livro da Selva” (The Jungle Book),
publicada em 1893-94. É dessa coleção que pertence o conto sobre Mogli, o
menino indiano criado na selva por lobos. Kipling foi o primeiro autor
britânico a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1907.
Fonte:
https://ensinarhistoriajoelza.com.br
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