A Reforma que Viralizou no "TikTok de 1517"


Era uma vez, em um tempo em que não existiam TikTok, Instagram ou Wi-Fi, mas as tretas rolavam soltas, como hoje, só que no papel. Estamos falando do ano de 1517, quando um cara chamado Martinho Lutero decidiu que tava na hora de "cancelar" umas práticas da Igreja Católica que ele não concordava. E olha, ele fez isso com um nível de coragem que a gente só vê nos influencers que postam opinião polêmica e depois dizem "não retiro o que disse".

Tudo começou porque, naquela época, a Igreja tinha umas práticas meio... vamos dizer, questionáveis. O que pegava mesmo era a tal da venda de indulgências. Funciona assim: você pecava, e para garantir seu lugarzinho no céu, bastava pagar um dinheirinho. Tipo um passe VIP celestial. Lutero, que não era bobo nem nada, achou isso um absurdo. Ele devia pensar algo tipo: "Como assim, gente? Deus não aceita PIX!" Foi aí que ele fez o equivalente a um post de desabafo: escreveu 95 teses apontando tudo o que ele achava errado e colou na porta da igreja em Wittenberg. Pense nisso como o mural de recados da época ou, melhor ainda, como uma thread no Twitter ou um status do whatsapp. Em pouco tempo, as teses viralizaram — não com retweets, mas com impressões da recém-inventada prensa de Gutenberg.

A treta foi tão grande que muita gente começou a questionar a Igreja também. O movimento cresceu, e aí surgiram várias "novas igrejas". Parecia aquelas brigas de fandom, sabe? Cada um montando seu grupo no Discord porque não concordava com o líder original. E assim começou a Reforma Protestante. Agora, faz uma pausa e pensa: o que isso tem a ver com hoje? Bem, dá para imaginar a venda de indulgências como os "cursos milagrosos" que prometem te deixar rico em 3 dias, ou as propagandas que garantem resultados mágicos para tudo. Lutero seria aquele amigo que não cai em golpe nenhum e sempre manda no grupo do WhatsApp: “Gente, cuidado com isso aí. É cilada!”

A história da Reforma também mostra como as ideias podem viralizar e mudar o mundo. Se naquela época isso aconteceu com papel e tinta, imagina hoje com um vídeo de 30 segundos e uma dancinha bem coreografada. Lutero provavelmente faria um TikTok explicando as 95 teses com um remix de música medieval e viraria o trend do momento.

Então, fica a lição: nem tudo que aparece na nossa frente, seja no mercado medieval ou no feed do Instagram, vale o preço que cobram. E, às vezes, questionar e pensar por conta própria é o melhor jeito de fazer história.

 

Por: Gilberto Farias

Graduado em História e Pedagogia

Pós-graduado em História do Brasil e Psicopedagogia Clínica e Institucional

Especialista em Educação Digital. 

 

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OBSERVAÇÃO: A imagem acima foi produzida por IA


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